quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ROTARY E ONU COMPARTILHANDO OBJETIVOS


Frank Devlyn (à esquerda), ex-presidente do RI, e Carl-Wilhelm Stenhammar, chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, no Dia Rotary/ONU, realizado na sede da ONU em Nova York em 6 de novembro. Foto: Bryant Brownlee
Em 6 de novembro, mais de 1.100 rotarianos, oficiais da ONU e participantes de programas do Rotary marcaram presença em painéis de discussão sobre alfabetização, recursos hídricos, saúde e atividades pró-juventude durante o Dia Rotary/ONU.
O evento, realizado anualmente na sede da ONU em Nova York, EUA, celebra a parceria das duas organizações. Este ano, os palestrantes deram destaque a projetos rotários que ajudam a avançar as metas da ONU e a melhorar a qualidade de vida de pessoas do mundo todo.
O Rotary, que vem colaborando com a ONU há 65 anos, possui o mais alto status consultivo já oferecido a uma organização não governamental pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
Durante o painel de abertura, Mickey Chopra, diretor de saúde do Unicef, elogiou o Rotary por sua colaboração para melhorar a saúde de crianças do mundo todo e erradicar a pólio. O Rotary e o Unicef, junto com a OMS e o Centro Norte-americano de Controle e Prevenção de Doenças, são os principais parceiros na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio.
"Nossa parceria continua a ser um elemento essencial à erradicação da pólio", comentou Chopra. "Através da visão e da determinação de acabar com a doença de uma vez por todas, os rotarianos estão atendendo a necessidades ainda mais importantes globalmente, como pobreza e falta de água potável."
Chopra disse que a parceria do Rotary com o Unicef é a maior e mais bem-sucedida entre o setor público e privado na área de saúde global.
"O Unicef tem orgulho de trabalhar lado a lado com os rotarianos", ele afirmou. "Com o progresso que já alcançamos juntos, agora, mais do que nunca, é hora de continuarmos a nossa luta."
Durante um painel sobre alfabetização, Elizabeth Fordham, orientadora educacional da Unesco, falou sobre o progresso que a ONU tem feito no que diz respeito à alfabetização de adultos e jovens.
"Os índices de alfabetização adulta aumentaram 8% nos últimos 20 anos. E os de jovens mais ainda", Fordham relatou. "Por mais que estas notícias sejam motivadoras, devemos nos lembrar que há muito mais a ser feito."
Fordham comentou que 796 milhões de adultos no mundo inteiro não sabem ler ou escrever, e destacou que dois-terços deles são mulheres. "O fato é que grande parte dos países em desenvolvimento não tem níveis de alfabetização que possibilitem participação econômica e social", esclareceu.
Ela também deu ênfase ao constante trabalho do Rotary através do patrocínio de iniciativas e aumento da conscientização sobre a importância de combater o analfabetismo.
"Alfabetização para todos é uma meta muito desejada pela Unesco e pelo Rotary", Fordham acrescentou. "Rejeitar a alfabetização é rejeitar um direito humano básico, inclusão social, reconhecimento e crescimento econômico. A alfabetização é necessária ao desenvolvimento."
Durante o painel sobre recursos hídricos, William B. Boyd, ex-presidente do RI, falou sobre projetos de recursos hídricos, saneamento e higiene em Gana, nas Filipinas e na República Dominicana, como parte da Colaboração Internacional H2O.
"Estamos descobrindo que o Rotary tem um papel muito importante no contexto global e que muitas pessoas querem trabalhar conosco", disse Boyd. "Devido às nossas parcerias com grandes organizações, como a USAID, temos a capacidade de fazer uma diferença significativa na vida de muitas pessoas."
Frederik Pischke, consultor de recursos hídricos do secretário da ONU, e Claire B. Lyons, da PepsiCo Foundation, também foram painelistas.
Nancy Binkin, diretora da unidade de política e evidência da seção de saúde do Unicef, falou sobre o progresso no aumento das taxas de sobrevivência infantill e comentou sobre os desafios ainda enfrentados.
H. Bradley Jenkins, representante do RI na ONU, serviu como organizador do evento, junto com Sylvan M. Barnet Jr., Robert A. Coutas, William A. Miller e Helen B. Reisler, representantes suplentes.

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